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O JUDAÍSMO DENTRO DA IGREJA DE CRISTO!

JUDAÍSMO DENTRO DA IGREJA DE CRISTO!



Se você considera ser correto ou estar certo usar os acessórios e roupas judaicas - objetos de uma velha aliança, quando o Senhor estabeleceu antes da vinda do Messias, uma ordem ao povo Judeu, está s
e esquecendo de Cristo Jesus, e também, assim como aos judeus, não aceitando a Cristo Jesus como o Messias que já veio.

O Judeu de hoje, ainda não aceitou a Cristo como o Messias que viria. O judeu Messiânico, por fazer parte de costumes judaicos e de um povo onde é a sua habitação, ainda vive também com um pé na nova aliança e outro pé na velha aliança - e ainda não entendeu que Jesus cumpriu a lei (que a viveu por inteiro) e por ser essa lei, uma lei espiritual, dada por Deus, assim como Jesus veio para o povo Judeu que não o recebeu, Ele trouxe uma nova lei e também uma nova aliança. Assim, a velha aliança teve fim, mas, muitos insistem em viver na velha aliança, e com isso, mantém o Messias ainda por chegar, o que é simbolizado pelos acessórios do judaísmo do passado e atual, que ainda vivem na velha lei - e não aceitaram a nova lei, e negaram a nova aliança, que é Jesus Cristo. Então, não estou entendendo porque pessoas que são ou que se dizem cristãs, vivem com um pé na velha aliança e outro pé na nova aliança. Isso ocorre hoje em todo o mundo. Até tem Apóstolos querendo se tornar rabinos - vivendo assim na velha lei, pois, os rabinos não tem hoje qualquer autoridade dentro da Igreja de Cristo, e também, nem mesmo diante de Deus, já que vivemos na Nova Aliança, ou estamos negando a Cristo se assim não for.

Se pesquisar tudo sobre os acessórios, roupas, sinagogas, templos judaicos, verá que nada disso tem valor para o que está em Cristo Jesus hoje. O fato da origem de Cristo ser judaica, não implica em nada, pois, Ele mesmo disse; "VIM PARA OS QUE ERAM MEUS, MAS OS MEUS, NÃO ME RECEBERAM" - e enviou Jesus os seus discípulos para o mundo, entre os gentios para pregarem o evangelho da Nova Aliança - e não da Velha Aliança, pois, " NOVAS CRIATURAS NOS TORNAMOS".

O Judaísmo não tem que estar em nós e nem nós dentro do Judaísmo, pois, NÃO É PORQUE JESUS FOI JUDEU QUE TEMOS QUE VIVER DENTRO DO JUDAÍSMO. O fato de Cristo ter cumprido a Velha Lei, significa que era necessário para que se cumprissem todas as coisas, pois, Ele nasceu judeu e viveu como judeu, e era preciso passar por tudo aquilo, ou não teria valor seus feitos hoje.

Estar em Israel ou viver em Israel hoje, não deve ter qualquer significado para um cristão que vive o evangelho genuíno de Cristo Jesus, se não apenas turístico ou de moradia. Viver em Israel ou visitar Israel hoje, não tem significado religioso ou de raízes se não tão somente para quem é judeu, ou que tem o sangue judeu correndo em suas veias, e ainda assim, que tenha aliança com a velha lei e não com a nova lei estabelecida por Cristo.

FAZER TURISMO EM ISRAEL:

ESSE FEITO, É TÃO SOMENTE TURÍSTICO, POIS, NEM MESMO O POVO JUDEU E SEUS HISTORIADORES SABEM POR ONDE JESUS PASSOU, ONDE JESUS FOI REALMENTE SEPULTADO E MUITO MENOS ONDE O REI DAVI FOI SEPULTADO. NADA DESSAS COISAS SÃO SÃO REAIS. ESSES LUGARES NÃO FORAM DESCOBERTOS, POIS, NA HISTÓRIA E ESCRITOS SOBRE JESUS CRISTO, NÃO EXISTEM PROVAS TERRENAS DA SUA EXISTÊNCIA SENÃO TÃO SOMENTE OS ESCRITOS NAS ESCRITURAS, NO NOVO TESTAMENTE - E ISSO, PARA QUE POSSAMOS VIVER LITERALMENTE PELA FÉ.

PORTANTO, SE VOCÊ ACREDITA NAS HISTÓRIAS FANTASIOSAS DO TURISMO QUE FORAM IMPLANTADAS PELA IGREJA CATÓLICA EM ISRAEL EM COMUM ACORDO COM O GOVERNO DESSA NAÇÃO NO DECORRER DOS SÉCULOS, E EXCLUSIVAMENTE PARA DETERMINAR UMA IDEIA E LEVAR TURISMO PARA AQUELE LUGAR, CONTINUE ACREDITANDO NISSO E GASTANDO SEU DINHEIRO E VISITANDO ISRAEL, OU PEGA DO SEU DINHEIRO E VÁ FAZER MISSÕES E LEVAR O EVANGELHO DE JESUS PARA QUEM DE FATO ESTÁ ESPERANDO, OU VÁ PARA DENTRO DE ISRAEL E COMECE DESDE JÁ A PREGAR NAS PRAÇAS E NOS MONTES E MESMO NAS SINAGOGAS COMO FAZIAM JESUS E SEUS DISCÍPULOS.

Apóstolo Luccas Covo

OS TEXTOS ABAIXO, SÃO PARA SEU CONHECIMENTO DE QUE NADA TENHO FALADO DE ERRADO AQUI:

Talit
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Nota: Esta página contém alguns caracteres especiais que podem não ser exibidos por alguns navegadores. Veja aqui mais informações.
O talit – טַלִּית (no hebraico moderno), talet - טַלֵּית (em sefaradi) ou talis (em Iídiche) é um acessório religioso judaico em forma de um xale feito de seda, lã (mais caro e elegante que o de seda) ou linho, tendo em suas extremidades as tsitsiot ou sissiot "sefaradi" (franjas). Ele é usado como uma cobertura na hora das preces judaicas, principalmente no momento da oração de Shacharit (primeiras orações feitas pela manhã).
O talit (também conhecido como "talit gadol" - טלית גדול) é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e no momento da oração do Shacharit. O talit isola o que esta orando do mundo a sua volta e facilita-o na em sua concentração durante a oração. Sobre o talit se interpreta que um dos objetivos deste acessório é criar um ambiente de igualdade entre os que estão orando na sinagoga, tendo então concordância com uma cobertura homogênea que estaria sobre as roupas que as pessoas realmente estavam usando – que mostram a qualidade e o estado econômico do que ora.
Entre os asquenazitas, o costume de se cobrir com o talit se reserva aos homens apenas após o casamento. De acordo com este costume, quando se está solteiro, é permitido cobrir-se com talit só em ocasiões especiais, como no momento que eles são chamados para serem “Olim” - עולים (plural de “Olê” - עולה, denominação aos que são chamados para ler aTorá nas sinagogas). Os judeus orientais (também chamados de “mizrahiim”) têm o costume de se cobrir com o talit a partir da idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzvah ou até mesmo antes dessa cerimônia. Comunidades Conservadoras e Reformistas permitem também é às mulheres fazerem uso do talit apesar da lei Judaica tradicional isentarem as mulheres dessa obrigação.


Detalhe - tzitzit ou sissit "sefaradi" (franjas) num dos cantos de um talit.
Há também um outro tipo de talit denominado “talit katan” – טלית קטן – (talit pequeno) conhecido também só pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de cumprir este mandamento durando todo o dia.
A bandeira do Estado de Israel é baseada em um talit (as duas faixas que a compõem), tendo umaestrela de David ao centro dela.

Disse Rabi Shimon bar Yochai:
"Quando o homem levanta de manhã e coloca
os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina)
paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo,
Israel, através do qual Serei Glorificado.’"
O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o identificam como o servo de D’us. Uma delas são os tsitsit.

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos.

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do significado dos trajes humanos.

De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma fonte de tentação.

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis cobrir o seu corpo.
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico.

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá:

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira passagem citada encontramos tanto as metas imediatas como aquelas a prazo longo. As imediatas consistem em um princípio positivo e um negativo:

Lembrete permanente

Ao mandar olhar para os tsitsit D'us queria que o homem atingisse vários objetivos.

a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos;

b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos olhos que tendem a nos levar para a infidelidade (a D’us).

c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos de D’us; e

d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados perante D’us.

Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir uma meta tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit nos ajudar a compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso objetivo de perfeição humana?

Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que poucos mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas alusões e lembretes como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos aprendido a reconhecer e a apreciar esses símbolos e alusões compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi dito que este único preceito é eqüivalente a todas as mitsvot daTorá (Menachot 43b).

A mulher está isenta deste preceito, pois a Torá reconhece sua conexão muito mais direta com D’us através de sua natureza e sensibilidade natas e a considera bastante ciente dos seus deveres, não necessitando do lembrete constante dos tsitsit para recordar-se dos mandamentos daTorá.

Tsitsit e Cohen Gadol

O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol, o Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade a D’us" (Shemot 28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico "fitar" porque era usado na testa um lugar visível a todos. Tsitsit também é derivado da mesma raíz. Tsitsit se refere também aos cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa palavra denota que as franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor tradução é portanto "franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a fim de serem vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit é mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato um modelo do tsits do cohen gadol.

Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos 613 preceitos daTorá: o eqüivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as suas obrigações Divinas (os 613 preceitos daTorá) e protegê-lo de cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente daTorá ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem portanto ser usados em peças de roupa regulares (quadradas, de quatro pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na hora da prece o homem não peca."

E embora aTorá exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos, sugerindo assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está isenta de sua obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu comentário: "Eles devem fazer para si tsitsit …pelas suas gerações…" para ensinar que, mesmo no decorrer das gerações, quando os israelitas não costumarem mais a usar trajes de quatro pontas, deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito errôneo daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar um traje de quatro pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit.

O fio azul, extinto

As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da Presença Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul (Techelet) cuja coloração era obtida através da extração do pigmento do Chilazon, um peixe, e especialmente processado; atualmente extinto.
Por que o azul foi escolhido entre todas as cores?

Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor do céu e o céu se assemelha à ‘cor ’ do Trono de Glória de D’us!"

A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da Shechiná (Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste, oeste, sul e norte — que nos voltemos (aludidas pela especificação da peça de quatro cantos), os tsitsit nos tornam conscientes da presença de D’us.
Hoje não temos mais um fio azul porque oChilazon (um anfíbio conchífero) do qual o pigmento azul era extraído está atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu significado continua válido quando lemos o preceito deTechelet . Já que em hebraico a palavraTechelet é parecida comTachlit que quer dizer "meta final", o significado doTechelet vem lembrar ao homem que o último e definitivo objetivo de tudo é a Shechiná.

A passagem da Torá

A passagem da Torá que determina o preceito do tsitsit põe em contraste a lembrança e a observância dos "mandamentos de D’us" com o seguir "atrás do vosso (próprio) coração e dos vossos (próprios) olhos, atrás dos quais vos desviais".

Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente. Pois aTorá não especifica um "andar atrás" de inclinações pecaminosas, mas pronuncia uma advertência geral e abrangente, de "não seguir atrás do vosso coração e dos vossos olhos" — independente de quais sejam as intenções. Ao ponderarmos este constraste, seu sentido latente se torna óbvio:

O coração é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais do homem. Os olhos, na terminologia daTorá, configuram sabedoria e intelecto. A Torá no contexto da mitsvá do tsitsit , assim nos adverte para "não ireis atrás do vosso coração (as emoções e sentimentos) e vossos olhos (o intelecto), atrás dos quais vos desviais".

Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa quão nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas sim os mandamentos de D’us. Mesmo quando nosso coração e nossa mente aquiescem em assuntos daTorá por causa do apelo intelectual ou atração sentimental, nós temos de observar os preceitos e as instruções daTorá como mandamentos de D’us.

É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos mandamentos como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter de verdade e de relevância absolutas.

Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e independentes são caminhos essencialmente perigosos e geralmente enganadores "atrás dos quais vos desviais."

Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo com o talit sensibiliza o coração do homem e o desperta para um sentimento de temor a D’us.

A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados naTorá deGuedilim, é que, segundo o costume judaico, mesmo um menino pequeno deve vestir o talit catan a fim de educá-lo quanto ao cumprimento das mitsvot, para que, ao crescer, sinta cada vez mais o gosto e a "doçura" delas.
Por isso são denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que significa"crescimento"), pois as mitsvot vão crescendo com ele.

O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot , respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico, é 39.

O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das palavras hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que significa "água"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do tsitsit terá o mérito de contemplar a Face da Shechiná (Presença Divina), conforme está escrito: "Eu com justiça verei Tua Face"; e merece também que se concretize (sobre ele) a profecia: "E vos transportarei sobre asas de águias."

A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o mesmo valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" — quando se aplica a mitsvá do tsitsit).

O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os tefilin, é que a mitsvá de tsitsit é mais freqüente (pois vestimos mesmo no Shabat e nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade.
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas, eqüivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos. Isto transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-se a serviço de D’us.

Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética de mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais profundos do Tanach e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá e Chassidut. O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes, anjos com asas, etc. A intenção de D’us na criação do homem é que ele assimile as características dos seres superiores. O corpo do homem é um só, mas se ramifica em quatro órgãos fundamentais: o cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem ser suportes da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá -Carruagem, segundo os ensinamentos de Chassidut, define de forma alegórica a submissão e anulação dos interesses e tendências pessoais perante D’us: assim como a carruagem não possui vontade própria e é submissa àquele que a dirige.)

Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas (eqüivalentes aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão da Torá chamar as pontas de Cnafot (da mesma raíz queCnafayim em hebraico, cujo significado é "asas", fazendo da lusão à elevação do homem através desta mitsvá. E por este motivo também é que de cada uma das quatro pontas saem oito fios, iguais ao número de faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando 32, eqüivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).

Leis referentes ao talit

Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o corpo e que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.
• Os fios (do tsitsit) devem ser preparados (desde a fiação), trançados e colocados apropriadamente na veste, especialmente com o intuito da mitsvá do tsitsit.
• Os tsitsit e a veste devem ser do mesmo material. É preferivel, porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos que os fios sejam de lã.
• Comprimento dos fios de tsitsit deve ser de no mínimo 24cm e de preferência acompanhando a seguinte proporção: 1/3 de comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os 2/3 restantes para o fios soltos (após o último nó).
• Se um dos fios soltos do tsitsit se romper, o talit ainda permanece casher. No caso de mais de um fio ter se cortado, um Rabino ortodoxo deverá ser consultado.
• Os fios do tsitsit devem ser trançados e caso um deles se desfie, esta parte é considerada ausente.
• A obrigatoriedade do tsitsit se aplica (apenas) nas horas diúrnas. Portanto a respectiva berachá, bênção, não deve ser pronunciada antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
• Apesar da obrigação recair apenas nos horários diurnos, é costume vestir o talit catan também ao dormir durante a noite, para que dessa forma mesmo ao permanecer desacordado após o início do dia, já estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo com os ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite. Porém ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios dos tsitsit, recitando então a berachá.
• Segundo o costume Chabad somente homens casados vestem o talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este talit com a intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
• Ao tomar um talit emprestado para rezar, costuma-se recitar a berachá sobre o talit, a não ser que esteja sendo utilizado somente ao ser chamado naTorá; neste caso não se recita a berachá.
• Se após vestir o talit gadol, este caiu completamente do corpo, deve-se repetir todo o processo da Atifá, inclusive recitar a berachá novamente. Se isto acontecer quando a pessoa se encontra no meio da prece, quando não é permitida a interrupção por conversa, coloca-se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece Silenciosa, para recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a própria colocação do Talit também é efetuada depois.
• Mas se o talit permanecer no corpo, mesmo que parcialmente, não precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas mãos é considerado como se tivesse caído totalmente.
• Se alguém tirou seu talit gadol com a intenção de recolocá-lo em seguida, já que teve este pensamento, não é necessário repetir a berachá.
• A veste do talit, mesmo quando invalidado, não deve ser utilizada de forma desprezível, uma vez que já foi usada para uma mitsvá.
• Caso um dos fios de tsitsit tenha caído ou sido cortado não se deve jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira desprezível. É costume utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já que se trata de um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que continue a desempenhar uma função semelhante.
• É recomendável evitar, ao vestir o talit , que os tsitsiyot se arrastem pelo chão.
• A parte da veste do talit catan ou gadol que foi colocada (vestida) na frente ou em cima, deve permanecer sempre na mesma posição, em todas as vezes que for vestida. Para tanto é costume fazer um sinal que sirva de lembrete na extremidade superior interna do talit gadol e na parte dianteira do talit catan.
• A largura do talit catan deve ser de no mínimo uma Amá , ou seja 48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo duas Amót , excluindo o orifício central, por onde o talit é vestido, de forma que resta uma Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar um talit catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o problema adicional de estar carregando no Shabat.
• Deve-se tomar cuidado para não usar um talit gadol estreito ou curto demais. O seu tamanho mínimo é o necessário para poder envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo tempo.
• Para meninos de 6 a 13 anos de idade, que já devem usar o talit catan a fim de se acostumar com a mitsvá de tsitsit pode-se basear nas opiniões que permitem medidas menores das mencionadas acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta mitsvá desde os três anos de idade.
• Deve-se procurar um talit bonito, assim como todas as mitsvot devem ser realizadas da melhor maneira e minuciosamente (Hildur Mitsvá).
• Assim também ao comprar os tsitsit, deve-se verificar o seu estado e adquirí-los de pessoa de confiança, para ter certeza que todo o material empregado foi preparado especificamente para a mitsvá de tsitsit e que possua as medidas certas.
A maneira correta de vestir
o talit catan e o talit gadol

Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou impuras, estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita mais tarde, após netilat yadayim (depois de abluir as mãos), movendo os tsisiyot, etc.

Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam sempre soltos (e não entrelaçados).

Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina ao ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e cumpri-las além (é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá do tsitsit.

Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-los atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos ao uso) a fim de evitar pronunciar a bênção em vão.

Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase por causa da verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a congregação.

A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no corpo — devem ser feitas em pé.

Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar " na prece, seguram-se na mão direita os dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e do talit gadol para os casados) e no fim deste trecho ("Melech Mehulat Batishbachot") se beija os fios do tsitsit.

Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã) ao chegar na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da frente e em seguida os de trás, primeiro do lado esquerdo e depois do direito.

Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o minguinho e perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do Shemá ("Vayômer") , seguram-se as pontas dos tsitsiyot também com a mão direita. Ao mencionar as seguintes seis palavras — 1)tsitsit, 2) tsitsit, 3)Letsitsit, 4) Emêt, 5) Cayemet, 6) Laad —passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.

Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan

Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se vestir o talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os tsitsiot antes de pronunciá-la.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a mitsvá de tsitsit ."

Talit Gadol

Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no ombro direito. Procede-se a verificação dos tsitsiot enquanto recitam-se os seguintes versículos:

BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAYERIA. (Salmos CIV:1-2)

"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu D’us. Tu és magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade e esplendor. Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como uma cortina."

Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit, recita-se a seguinte berachá:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF BETSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em tsitsit."

Após a berachá cobre-se a cabeça até (inclusive) os olhos com o talit permanecendo assim (por um curto espaço de tempo) envolvido à moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito e jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit recitam-se os seguintes versos:

MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL. KENAFECHÁ YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA, VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ MECOR CHAYIM, BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ, VETSIDCATÊCHA LEYISHREI LEV.
(Salmos XXXVI:8-11)
"Como é preciosa Tua bondade, ó D’us; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de coração reto."

Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo a cabeça.

Talit e Tsitsit
Entre Franjas e Nós


Disse Rabi Shimon bar Yochai: "Quando o homem levanta de manhã e coloca os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina) paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, Israel, através do qual Serei Glorificado.’"

O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o identificam como o servo de D’us. Uma delas são os tsitsit.

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos.

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do significado dos trajes humanos.

De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma fonte de tentação.

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis cobrir o seu corpo.
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico.

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá:

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira passagem citada encontramos tanto as metas imediatas como aquelas a prazo longo. As imediatas consistem em um princípio positivo e um negativo:

Lembrete permanente

Ao mandar olhar para os tsitsit D'us queria que o homem atingisse vários objetivos.

a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos;

b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos olhos que tendem a nos levar para a infidelidade (a D’us).

c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos de D’us; e

d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados perante D’us.

Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir uma meta tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit nos ajudar a compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso objetivo de perfeição humana?

Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que poucos mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas alusões e lembretes como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos aprendido a reconhecer e a apreciar esses símbolos e alusões compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi dito que este único preceito é eqüivalente a todas as mitsvot daTorá (Menachot 43b).

A mulher está isenta deste preceito, pois a Torá reconhece sua conexão muito mais direta com D’us através de sua natureza e sensibilidade natas e a considera bastante ciente dos seus deveres, não necessitando do lembrete constante dos tsitsit para recordar-se dos mandamentos daTorá.

Tsitsit e Cohen Gadol

O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol, o Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade a D’us" (Shemot 28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico "fitar" porque era usado na testa um lugar visível a todos. Tsitsit também é derivado da mesma raíz. Tsitsit se refere também aos cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa palavra denota que as franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor tradução é portanto "franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a fim de serem vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit é mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato um modelo do tsits do cohen gadol.

Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos 613 preceitos daTorá: o eqüivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as suas obrigações Divinas (os 613 preceitos daTorá) e protegê-lo de cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente daTorá ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem portanto ser usados em peças de roupa regulares (quadradas, de quatro pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na hora da prece o homem não peca."

E embora aTorá exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos, sugerindo assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está isenta de sua obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu comentário: "Eles devem fazer para si tsitsit …pelas suas gerações…" para ensinar que, mesmo no decorrer das gerações, quando os israelitas não costumarem mais a usar trajes de quatro pontas, deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito errôneo daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar um traje de quatro pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit.

O fio azul, extinto

As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da Presença Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul (Techelet) cuja coloração era obtida através da extração do pigmento do Chilazon, um peixe, e especialmente processado; atualmente extinto. Por que o azul foi escolhido entre todas as cores?

Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor do céu e o céu se assemelha à ‘cor ’ do Trono de Glória de D’us!"

A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da Shechiná (Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste, oeste, sul e norte — que nos voltemos (aludidas pela especificação da peça de quatro cantos), os tsitsit nos tornam conscientes da presença de D’us. Hoje não temos mais um fio azul porque oChilazon (um anfíbio conchífero) do qual o pigmento azul era extraído está atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu significado continua válido quando lemos o preceito deTechelet . Já que em hebraico a palavraTechelet é parecida comTachlit que quer dizer "meta final", o significado doTechelet vem lembrar ao homem que o último e definitivo objetivo de tudo é a Shechiná.

A passagem da Torá

A passagem da Torá que determina o preceito do tsitsit põe em contraste a lembrança e a observância dos "mandamentos de D’us" com o seguir "atrás do vosso (próprio) coração e dos vossos (próprios) olhos, atrás dos quais vos desviais".

Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente. Pois aTorá não especifica um "andar atrás" de inclinações pecaminosas, mas pronuncia uma advertência geral e abrangente, de "não seguir atrás do vosso coração e dos vossos olhos" — independente de quais sejam as intenções. Ao ponderarmos este constraste, seu sentido latente se torna óbvio:

O coração é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais do homem. Os olhos, na terminologia daTorá, configuram sabedoria e intelecto. A Torá no contexto da mitsvá do tsitsit , assim nos adverte para "não ireis atrás do vosso coração (as emoções e sentimentos) e vossos olhos (o intelecto), atrás dos quais vos desviais".

Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa quão nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas sim os mandamentos de D’us. Mesmo quando nosso coração e nossa mente aquiescem em assuntos daTorá por causa do apelo intelectual ou atração sentimental, nós temos de observar os preceitos e as instruções daTorá como mandamentos de D’us.

É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos mandamentos como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter de verdade e de relevância absolutas.

Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e independentes são caminhos essencialmente perigosos e geralmente enganadores "atrás dos quais vos desviais."

Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo com o talit sensibiliza o coração do homem e o desperta para um sentimento de temor a D’us.

A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados naTorá deGuedilim, é que, segundo o costume judaico, mesmo um menino pequeno deve vestir o talit catan a fim de educá-lo quanto ao cumprimento das mitsvot, para que, ao crescer, sinta cada vez mais o gosto e a "doçura" delas.
Por isso são denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que significa"crescimento"), pois as mitsvot vão crescendo com ele.

O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot , respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico, é 39.

O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das palavras hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que significa "água"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do tsitsit terá o mérito de contemplar a Face da Shechiná (Presença Divina), conforme está escrito: "Eu com justiça verei Tua Face"; e merece também que se concretize (sobre ele) a profecia: "E vos transportarei sobre asas de águias."

A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o mesmo valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" — quando se aplica a mitsvá do tsitsit).

O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os tefilin, é que a mitsvá de tsitsit é mais freqüente (pois vestimos mesmo no Shabat e nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade.
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas, eqüivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos. Isto transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-se a serviço de D’us.

Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética de mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais profundos do Tanach e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá e Chassidut. O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes, anjos com asas, etc. A intenção de D’us na criação do homem é que ele assimile as características dos seres superiores. O corpo do homem é um só, mas se ramifica em quatro órgãos fundamentais: o cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem ser suportes da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá -Carruagem, segundo os ensinamentos de Chassidut, define de forma alegórica a submissão e anulação dos interesses e tendências pessoais perante D’us: assim como a carruagem não possui vontade própria e é submissa àquele que a dirige.)

Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas (eqüivalentes aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão da Torá chamar as pontas de Cnafot (da mesma raíz queCnafayim em hebraico, cujo significado é "asas", fazendo da lusão à elevação do homem através desta mitsvá. E por este motivo também é que de cada uma das quatro pontas saem oito fios, iguais ao número de faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando 32, eqüivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).

Leis referentes ao talit

Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o corpo e que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.

• Os fios (do tsitsit) devem ser preparados (desde a fiação), trançados e colocados apropriadamente na veste, especialmente com o intuito da mitsvá do tsitsit.
• Os tsitsit e a veste devem ser do mesmo material. É preferivel, porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos que os fios sejam de lã.
• Comprimento dos fios de tsitsit deve ser de no mínimo 24cm e de preferência acompanhando a seguinte proporção: 1/3 de comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os 2/3 restantes para o fios soltos (após o último nó).
• Se um dos fios soltos do tsitsit se romper, o talit ainda permanece casher. No caso de mais de um fio ter se cortado, um Rabino ortodoxo deverá ser consultado.
• Os fios do tsitsit devem ser trançados e caso um deles se desfie, esta parte é considerada ausente.
• A obrigatoriedade do tsitsit se aplica (apenas) nas horas diúrnas. Portanto a respectiva berachá, bênção, não deve ser pronunciada antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
• Apesar da obrigação recair apenas nos horários diurnos, é costume vestir o talit catan também ao dormir durante a noite, para que dessa forma mesmo ao permanecer desacordado após o início do dia, já estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo com os ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite. Porém ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios dos tsitsit, recitando então a berachá.
• Segundo o costume Chabad somente homens casados vestem o talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este talit com a intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
• Ao tomar um talit emprestado para rezar, costuma-se recitar a berachá sobre o talit, a não ser que esteja sendo utilizado somente ao ser chamado naTorá; neste caso não se recita a berachá.
• Se após vestir o talit gadol, este caiu completamente do corpo, deve-se repetir todo o processo da Atifá, inclusive recitar a berachá novamente. Se isto acontecer quando a pessoa se encontra no meio da prece, quando não é permitida a interrupção por conversa, coloca-se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece Silenciosa, para recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a própria colocação do Talit também é efetuada depois.
• Mas se o talit permanecer no corpo, mesmo que parcialmente, não precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas mãos é considerado como se tivesse caído totalmente.
• Se alguém tirou seu talit gadol com a intenção de recolocá-lo em seguida, já que teve este pensamento, não é necessário repetir a berachá.
• A veste do talit, mesmo quando invalidado, não deve ser utilizada de forma desprezível, uma vez que já foi usada para uma mitsvá.
• Caso um dos fios de tsitsit tenha caído ou sido cortado não se deve jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira desprezível. É costume utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já que se trata de um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que continue a desempenhar uma função semelhante.
• É recomendável evitar, ao vestir o talit , que os tsitsiyot se arrastem pelo chão.
• A parte da veste do talit catan ou gadol que foi colocada (vestida) na frente ou em cima, deve permanecer sempre na mesma posição, em todas as vezes que for vestida. Para tanto é costume fazer um sinal que sirva de lembrete na extremidade superior interna do talit gadol e na parte dianteira do talit catan.
• A largura do talit catan deve ser de no mínimo uma Amá , ou seja 48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo duas Amót , excluindo o orifício central, por onde o talit é vestido, de forma que resta uma Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar um talit catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o problema adicional de estar carregando no Shabat.
• Deve-se tomar cuidado para não usar um talit gadol estreito ou curto demais. O seu tamanho mínimo é o necessário para poder envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo tempo.
• Para meninos de 6 a 13 anos de idade, que já devem usar o talit catan a fim de se acostumar com a mitsvá de tsitsit pode-se basear nas opiniões que permitem medidas menores das mencionadas acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta mitsvá desde os três anos de idade.
• Deve-se procurar um talit bonito, assim como todas as mitsvot devem ser realizadas da melhor maneira e minuciosamente (Hildur Mitsvá).
• Assim também ao comprar os tsitsit, deve-se verificar o seu estado e adquirí-los de pessoa de confiança, para ter certeza que todo o material empregado foi preparado especificamente para a mitsvá de tsitsit e que possua as medidas certas.

A maneira correta de vestir o talit catan e o talit gadol

Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou impuras, estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita mais tarde, após netilat yadayim (depois de abluir as mãos), movendo os tsisiyot, etc.

Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam sempre soltos (e não entrelaçados).

Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina ao ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e cumpri-las além (é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá do tsitsit.

Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-los atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos ao uso) a fim de evitar pronunciar a bênção em vão.

Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase por causa da verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a congregação.

A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no corpo — devem ser feitas em pé.

Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar " na prece, seguram-se na mão direita os dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e do talit gadol para os casados) e no fim deste trecho ("Melech Mehulat Batishbachot") se beija os fios do tsitsit.

Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã) ao chegar na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da frente e em seguida os de trás, primeiro do lado esquerdo e depois do direito.

Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o minguinho e perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do Shemá ("Vayômer") , seguram-se as pontas dos tsitsiyot também com a mão direita. Ao mencionar as seguintes seis palavras — 1)tsitsit, 2) tsitsit, 3)Letsitsit, 4) Emêt, 5) Cayemet, 6) Laad —passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.

Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan

Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se vestir o talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os tsitsiot antes de pronunciá-la.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a mitsvá de tsitsit ."

Talit Gadol

Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no ombro direito. Procede-se a verificação dos tsitsiot enquanto recitam-se os seguintes versículos:

BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAYERIA.
(Salmos CIV:1-2)


"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu D’us. Tu és magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade e esplendor. Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como uma cortina."

Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit, recita-se a seguinte berachá:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF BETSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em tsitsit."

Após a berachá cobre-se a cabeça até (inclusive) os olhos com o talit permanecendo assim (por um curto espaço de tempo) envolvido à moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito e jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit recitam-se os seguintes versos:

MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL. KENAFECHÁ YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA, VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ MECOR CHAYIM, BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ, VETSIDCATÊCHA LEYISHREI LEV.
(Salmos XXXVI:8-11)


"Como é preciosa Tua bondade, ó D’us; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de coração reto."

Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo a cabeça.

JUDAISMO EN LA IGLESIA DE CRISTO!

JUDAISMO EN LA IGLESIA DE CRISTO!



Si usted considera que es correcto o tener razón para usar los accesorios y la ropa judíos - los objetos de una alianza de edad, cuando el Señor establecidos antes de la venida del Mesías, una orden para el pueblo judío, están olvidando Jesucristo, y también, como el Judios no aceptan a Jesucristo como el Mesías que ya vino.

El Judio de hoy, no han aceptado a Cristo como el Mesías por venir. El mesiánico Judio, de ser parte de las costumbres judías de un pueblo y donde se encuentra su vivienda, también vive con un pie en el nuevo pacto y el otro pie en el antiguo pacto - y todavía no entendía que Jesús cumplió la ley (que vivía por entero) y por ser una ley, una ley espiritual, dada por Dios, así como Jesús vino a los judíos que no lo reciben, trajo una nueva ley y también una nueva alianza. Así que el antiguo pacto terminó, pero muchos insisten en vivir en el antiguo pacto, y con él, el Mesías aún no ha venido, que está simbolizado por los accesorios del judaísmo del pasado y del presente, que aún viven en la antigua ley - y no se acepta la nueva ley, y se les niega el nuevo pacto, el cual es Jesucristo. Así que no entiendo por qué las personas que están o que se dicen ser cristianos, que viven con un pie en el antiguo pacto y el pie de otro pacto nuevo. Esto ocurre en todo el mundo hoy en día. Hasta que se ha convertido en apóstoles que quieren rabinos - viviendo así en la ley anterior, porque los rabinos hoy tiene autoridad dentro de la Iglesia de Cristo, y también, incluso delante de Dios, ya que vivimos en el Nuevo Pacto, o estamos negando a Cristo si no.

Si usted busca todo sobre los accesorios, ropa, sinagogas, templos judíos, verá que nada de esto tiene valor para lo que es en Cristo Jesús hoy. El hecho de ser origen judío de Cristo, no quiere decir nada, ya que Él mismo dijo: "HE VENIDO A AQUELLOS ERAN MI, MI PERO NO ME RECIBIDO" - y Jesús envió a sus discípulos al mundo, entre los gentiles a predicar el evangelio del nuevo pacto - no de la Antigua Alianza, porque, "nos convertimos en nuevas criaturas."

El judaísmo no tiene por qué ser de nosotros y no nosotros dentro del judaísmo, por lo tanto, NO PORQUE TENEMOS VIDA JESÚS ERA JUDÍO EN LA DE JUDAÍSMO. El hecho de que Cristo cumplió la ley antigua, por lo que era necesario para cumplir todas las cosas, porque nació un Judio y vivió como un Judio, y tuvo que pasar por todo eso, o no me valoran sus logros en la actualidad.

Estando en Israel o viven en Israel hoy en día, no debería tener ningún significado para el cristiano que vive el verdadero evangelio de Jesucristo, no sólo el turismo o la vivienda. Vivir en o visitar Israel Israel hoy en día no tiene ningún significado religioso o de raíz si no sólo a los que son judíos, o de tener sangre judía corriendo por sus venas, y sin embargo tiene alianza con la antigua ley y no con la nueva ley establecida por Cristo.

HACER TURISMO EN ISRAEL:

HECHO QUE, ES TOUR POR LO QUE SOLO PORQUE TAMBIÉN EN EL PUEBLO JUDÍO Y SUS historiadores saben donde Jesús fue donde Jesús fue sepultado REALMENTE Y MUCHO MENOS QUE EL REY DAVID FUE ENTERRADO. ESTAS COSAS SON NADA ES REAL. Estos asientos no fueron descubiertos TANTO EN LA HISTORIA Y ESCRITO SOBRE JESUCRISTO, NO EVIDENCIA DE SU EXISTENCIA LA TIERRA PERO SOLO COMO ESCRITO EN LA ESCRITURA EN Nuevo Testamento - Y eso, así que, literalmente, puede vivir por fe.

POR LO TANTO, SI CREES EN TURISMO historias de fantasía, que se aplicaron POR LA IGLESIA CATÓLICA EN ISRAEL EN COMÚN ACUERDO CON EL GOBIERNO DE ESTE PAÍS DURANTE LOS SIGLOS, Y EXCLUSIVAMENTE PARA DETERMINAR UNA IDEA PARA EL TURISMO Y LA TOMA DE ESE LUGAR, sigue creyendo MISMO Y SU GASTO DINERO Y VISITA ISRAEL O LA MANIJA DE SU DINERO Y VAYA HACER MISIONES Y TOMAR EL EVANGELIO DE JESUCRISTO PARA QUE SE ESPERA DE HECHO, O IR A ISRAEL Y ENTRA A YA DESDE LAS PLAZAS Y PREDICAR LAS COLINAS Y CÓMO hizo lo mismo en las sinagogas Jesús y sus discípulos.

Apóstol Luccas Covo

DEBAJO DE LOS TEXTOS SON PARA SU CONOCIMIENTO QUE HE HABLADO PARA NADA MAL AQUÍ:



Talit
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O talit – טַלִּית (no hebraico moderno), talet - טַלֵּית (em sefaradi) ou talis (em Iídiche) é um acessório religioso judaico em forma de um xale feito de seda, lã (mais caro e elegante que o de seda) ou linho, tendo em suas extremidades as tsitsiot ou sissiot "sefaradi" (franjas). Ele é usado como uma cobertura na hora das preces judaicas, principalmente no momento da oração de Shacharit (primeiras orações feitas pela manhã).
O talit (também conhecido como "talit gadol" - טלית גדול) é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e no momento da oração do Shacharit. O talit isola o que esta orando do mundo a sua volta e facilita-o na em sua concentração durante a oração. Sobre o talit se interpreta que um dos objetivos deste acessório é criar um ambiente de igualdade entre os que estão orando na sinagoga, tendo então concordância com uma cobertura homogênea que estaria sobre as roupas que as pessoas realmente estavam usando – que mostram a qualidade e o estado econômico do que ora.
Entre os asquenazitas, o costume de se cobrir com o talit se reserva aos homens apenas após o casamento. De acordo com este costume, quando se está solteiro, é permitido cobrir-se com talit só em ocasiões especiais, como no momento que eles são chamados para serem “Olim” - עולים (plural de “Olê” - עולה, denominação aos que são chamados para ler aTorá nas sinagogas). Os judeus orientais (também chamados de “mizrahiim”) têm o costume de se cobrir com o talit a partir da idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzvah ou até mesmo antes dessa cerimônia. Comunidades Conservadoras e Reformistas permitem também é às mulheres fazerem uso do talit apesar da lei Judaica tradicional isentarem as mulheres dessa obrigação.


Detalhe - tzitzit ou sissit "sefaradi" (franjas) num dos cantos de um talit.
Há também um outro tipo de talit denominado “talit katan” – טלית קטן – (talit pequeno) conhecido também só pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de cumprir este mandamento durando todo o dia.
A bandeira do Estado de Israel é baseada em um talit (as duas faixas que a compõem), tendo umaestrela de David ao centro dela.

Disse Rabi Shimon bar Yochai:
"Quando o homem levanta de manhã e coloca 
os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina) 
paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, 
Israel, através do qual Serei Glorificado.’"
O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o identificam como o servo de D’us. Uma delas são os tsitsit. 

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos. 

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do significado dos trajes humanos. 

De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma fonte de tentação. 

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis cobrir o seu corpo. 
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico. 

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá: 

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira passagem citada encontramos tanto as metas imediatas como aquelas a prazo longo. As imediatas consistem em um princípio positivo e um negativo:

Lembrete permanente 

Ao mandar olhar para os tsitsit D'us queria que o homem atingisse vários objetivos. 

a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos; 

b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos olhos que tendem a nos levar para a infidelidade (a D’us).

c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos de D’us; e

d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados perante D’us.

Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir uma meta tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit nos ajudar a compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso objetivo de perfeição humana?

Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que poucos mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas alusões e lembretes como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos aprendido a reconhecer e a apreciar esses símbolos e alusões compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi dito que este único preceito é eqüivalente a todas as mitsvot daTorá (Menachot 43b).

A mulher está isenta deste preceito, pois a Torá reconhece sua conexão muito mais direta com D’us através de sua natureza e sensibilidade natas e a considera bastante ciente dos seus deveres, não necessitando do lembrete constante dos tsitsit para recordar-se dos mandamentos daTorá. 

Tsitsit e Cohen Gadol

O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol, o Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade a D’us" (Shemot 28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico "fitar" porque era usado na testa um lugar visível a todos. Tsitsit também é derivado da mesma raíz. Tsitsit se refere também aos cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa palavra denota que as franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor tradução é portanto "franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a fim de serem vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit é mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato um modelo do tsits do cohen gadol.

Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos 613 preceitos daTorá: o eqüivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as suas obrigações Divinas (os 613 preceitos daTorá) e protegê-lo de cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente daTorá ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem portanto ser usados em peças de roupa regulares (quadradas, de quatro pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na hora da prece o homem não peca."

E embora aTorá exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos, sugerindo assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está isenta de sua obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu comentário: "Eles devem fazer para si tsitsit …pelas suas gerações…" para ensinar que, mesmo no decorrer das gerações, quando os israelitas não costumarem mais a usar trajes de quatro pontas, deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito errôneo daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar um traje de quatro pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit. 

O fio azul, extinto 

As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da Presença Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul (Techelet) cuja coloração era obtida através da extração do pigmento do Chilazon, um peixe, e especialmente processado; atualmente extinto. 
Por que o azul foi escolhido entre todas as cores? 

Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor do céu e o céu se assemelha à ‘cor ’ do Trono de Glória de D’us!"

A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da Shechiná (Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste, oeste, sul e norte — que nos voltemos (aludidas pela especificação da peça de quatro cantos), os tsitsit nos tornam conscientes da presença de D’us. 
Hoje não temos mais um fio azul porque oChilazon (um anfíbio conchífero) do qual o pigmento azul era extraído está atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu significado continua válido quando lemos o preceito deTechelet . Já que em hebraico a palavraTechelet é parecida comTachlit que quer dizer "meta final", o significado doTechelet vem lembrar ao homem que o último e definitivo objetivo de tudo é a Shechiná. 

A passagem da Torá

A passagem da Torá que determina o preceito do tsitsit põe em contraste a lembrança e a observância dos "mandamentos de D’us" com o seguir "atrás do vosso (próprio) coração e dos vossos (próprios) olhos, atrás dos quais vos desviais".

Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente. Pois aTorá não especifica um "andar atrás" de inclinações pecaminosas, mas pronuncia uma advertência geral e abrangente, de "não seguir atrás do vosso coração e dos vossos olhos" — independente de quais sejam as intenções. Ao ponderarmos este constraste, seu sentido latente se torna óbvio:

O coração é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais do homem. Os olhos, na terminologia daTorá, configuram sabedoria e intelecto. A Torá no contexto da mitsvá do tsitsit , assim nos adverte para "não ireis atrás do vosso coração (as emoções e sentimentos) e vossos olhos (o intelecto), atrás dos quais vos desviais".

Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa quão nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas sim os mandamentos de D’us. Mesmo quando nosso coração e nossa mente aquiescem em assuntos daTorá por causa do apelo intelectual ou atração sentimental, nós temos de observar os preceitos e as instruções daTorá como mandamentos de D’us. 

É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos mandamentos como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter de verdade e de relevância absolutas. 

Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e independentes são caminhos essencialmente perigosos e geralmente enganadores "atrás dos quais vos desviais."

Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo com o talit sensibiliza o coração do homem e o desperta para um sentimento de temor a D’us.

A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados naTorá deGuedilim, é que, segundo o costume judaico, mesmo um menino pequeno deve vestir o talit catan a fim de educá-lo quanto ao cumprimento das mitsvot, para que, ao crescer, sinta cada vez mais o gosto e a "doçura" delas. 
Por isso são denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que significa"crescimento"), pois as mitsvot vão crescendo com ele.

O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot , respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico, é 39. 

O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das palavras hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que significa "água"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do tsitsit terá o mérito de contemplar a Face da Shechiná (Presença Divina), conforme está escrito: "Eu com justiça verei Tua Face"; e merece também que se concretize (sobre ele) a profecia: "E vos transportarei sobre asas de águias."

A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o mesmo valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" — quando se aplica a mitsvá do tsitsit). 

O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os tefilin, é que a mitsvá de tsitsit é mais freqüente (pois vestimos mesmo no Shabat e nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade.
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas, eqüivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos. Isto transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-se a serviço de D’us.

Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética de mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais profundos do Tanach e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá e Chassidut. O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes, anjos com asas, etc. A intenção de D’us na criação do homem é que ele assimile as características dos seres superiores. O corpo do homem é um só, mas se ramifica em quatro órgãos fundamentais: o cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem ser suportes da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá -Carruagem, segundo os ensinamentos de Chassidut, define de forma alegórica a submissão e anulação dos interesses e tendências pessoais perante D’us: assim como a carruagem não possui vontade própria e é submissa àquele que a dirige.) 

Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas (eqüivalentes aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão da Torá chamar as pontas de Cnafot (da mesma raíz queCnafayim em hebraico, cujo significado é "asas", fazendo da lusão à elevação do homem através desta mitsvá. E por este motivo também é que de cada uma das quatro pontas saem oito fios, iguais ao número de faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando 32, eqüivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).

Leis referentes ao talit

Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o corpo e que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.
• Os fios (do tsitsit) devem ser preparados (desde a fiação), trançados e colocados apropriadamente na veste, especialmente com o intuito da mitsvá do tsitsit.
• Os tsitsit e a veste devem ser do mesmo material. É preferivel, porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos que os fios sejam de lã.
• Comprimento dos fios de tsitsit deve ser de no mínimo 24cm e de preferência acompanhando a seguinte proporção: 1/3 de comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os 2/3 restantes para o fios soltos (após o último nó).
• Se um dos fios soltos do tsitsit se romper, o talit ainda permanece casher. No caso de mais de um fio ter se cortado, um Rabino ortodoxo deverá ser consultado.
• Os fios do tsitsit devem ser trançados e caso um deles se desfie, esta parte é considerada ausente.
• A obrigatoriedade do tsitsit se aplica (apenas) nas horas diúrnas. Portanto a respectiva berachá, bênção, não deve ser pronunciada antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
• Apesar da obrigação recair apenas nos horários diurnos, é costume vestir o talit catan também ao dormir durante a noite, para que dessa forma mesmo ao permanecer desacordado após o início do dia, já estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo com os ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite. Porém ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios dos tsitsit, recitando então a berachá.
• Segundo o costume Chabad somente homens casados vestem o talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este talit com a intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
• Ao tomar um talit emprestado para rezar, costuma-se recitar a berachá sobre o talit, a não ser que esteja sendo utilizado somente ao ser chamado naTorá; neste caso não se recita a berachá.
• Se após vestir o talit gadol, este caiu completamente do corpo, deve-se repetir todo o processo da Atifá, inclusive recitar a berachá novamente. Se isto acontecer quando a pessoa se encontra no meio da prece, quando não é permitida a interrupção por conversa, coloca-se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece Silenciosa, para recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a própria colocação do Talit também é efetuada depois.
• Mas se o talit permanecer no corpo, mesmo que parcialmente, não precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas mãos é considerado como se tivesse caído totalmente.
• Se alguém tirou seu talit gadol com a intenção de recolocá-lo em seguida, já que teve este pensamento, não é necessário repetir a berachá.
• A veste do talit, mesmo quando invalidado, não deve ser utilizada de forma desprezível, uma vez que já foi usada para uma mitsvá.
• Caso um dos fios de tsitsit tenha caído ou sido cortado não se deve jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira desprezível. É costume utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já que se trata de um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que continue a desempenhar uma função semelhante.
• É recomendável evitar, ao vestir o talit , que os tsitsiyot se arrastem pelo chão.
• A parte da veste do talit catan ou gadol que foi colocada (vestida) na frente ou em cima, deve permanecer sempre na mesma posição, em todas as vezes que for vestida. Para tanto é costume fazer um sinal que sirva de lembrete na extremidade superior interna do talit gadol e na parte dianteira do talit catan.
• A largura do talit catan deve ser de no mínimo uma Amá , ou seja 48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo duas Amót , excluindo o orifício central, por onde o talit é vestido, de forma que resta uma Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar um talit catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o problema adicional de estar carregando no Shabat.
• Deve-se tomar cuidado para não usar um talit gadol estreito ou curto demais. O seu tamanho mínimo é o necessário para poder envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo tempo.
• Para meninos de 6 a 13 anos de idade, que já devem usar o talit catan a fim de se acostumar com a mitsvá de tsitsit pode-se basear nas opiniões que permitem medidas menores das mencionadas acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta mitsvá desde os três anos de idade.
• Deve-se procurar um talit bonito, assim como todas as mitsvot devem ser realizadas da melhor maneira e minuciosamente (Hildur Mitsvá).
• Assim também ao comprar os tsitsit, deve-se verificar o seu estado e adquirí-los de pessoa de confiança, para ter certeza que todo o material empregado foi preparado especificamente para a mitsvá de tsitsit e que possua as medidas certas.
A maneira correta de vestir 
o talit catan e o talit gadol

Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou impuras, estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita mais tarde, após netilat yadayim (depois de abluir as mãos), movendo os tsisiyot, etc. 

Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam sempre soltos (e não entrelaçados).

Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina ao ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e cumpri-las além (é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá do tsitsit. 

Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-los atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos ao uso) a fim de evitar pronunciar a bênção em vão.

Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase por causa da verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a congregação.

A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no corpo — devem ser feitas em pé.

Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar " na prece, seguram-se na mão direita os dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e do talit gadol para os casados) e no fim deste trecho ("Melech Mehulat Batishbachot") se beija os fios do tsitsit.

Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã) ao chegar na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da frente e em seguida os de trás, primeiro do lado esquerdo e depois do direito. 

Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o minguinho e perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do Shemá ("Vayômer") , seguram-se as pontas dos tsitsiyot também com a mão direita. Ao mencionar as seguintes seis palavras — 1)tsitsit, 2) tsitsit, 3)Letsitsit, 4) Emêt, 5) Cayemet, 6) Laad —passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.

Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan

Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se vestir o talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os tsitsiot antes de pronunciá-la. 

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a mitsvá de tsitsit ."

Talit Gadol

Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no ombro direito. Procede-se a verificação dos tsitsiot enquanto recitam-se os seguintes versículos:

BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAYERIA. (Salmos CIV:1-2) 

"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu D’us. Tu és magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade e esplendor. Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como uma cortina."

Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit, recita-se a seguinte berachá:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF BETSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em tsitsit."

Após a berachá cobre-se a cabeça até (inclusive) os olhos com o talit permanecendo assim (por um curto espaço de tempo) envolvido à moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito e jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit recitam-se os seguintes versos:

MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL. KENAFECHÁ YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA, VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ MECOR CHAYIM, BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ, VETSIDCATÊCHA LEYISHREI LEV.
(Salmos XXXVI:8-11)
"Como é preciosa Tua bondade, ó D’us; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de coração reto." 

Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo a cabeça.

Talit e Tsitsit
Entre Franjas e Nós


Disse Rabi Shimon bar Yochai: "Quando o homem levanta de manhã e coloca os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina) paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, Israel, através do qual Serei Glorificado.’"

O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o identificam como o servo de D’us. Uma delas são os tsitsit. 

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos. 

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do significado dos trajes humanos. 

De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma fonte de tentação. 

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis cobrir o seu corpo. 
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico. 

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá: 

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira passagem citada encontramos tanto as metas imediatas como aquelas a prazo longo. As imediatas consistem em um princípio positivo e um negativo:

Lembrete permanente 

Ao mandar olhar para os tsitsit D'us queria que o homem atingisse vários objetivos. 

a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos; 

b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos olhos que tendem a nos levar para a infidelidade (a D’us).

c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos de D’us; e

d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados perante D’us.

Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir uma meta tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit nos ajudar a compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso objetivo de perfeição humana?

Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que poucos mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas alusões e lembretes como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos aprendido a reconhecer e a apreciar esses símbolos e alusões compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi dito que este único preceito é eqüivalente a todas as mitsvot daTorá (Menachot 43b).

A mulher está isenta deste preceito, pois a Torá reconhece sua conexão muito mais direta com D’us através de sua natureza e sensibilidade natas e a considera bastante ciente dos seus deveres, não necessitando do lembrete constante dos tsitsit para recordar-se dos mandamentos daTorá. 

Tsitsit e Cohen Gadol

O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol, o Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade a D’us" (Shemot 28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico "fitar" porque era usado na testa um lugar visível a todos. Tsitsit também é derivado da mesma raíz. Tsitsit se refere também aos cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa palavra denota que as franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor tradução é portanto "franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a fim de serem vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit é mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato um modelo do tsits do cohen gadol.

Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos 613 preceitos daTorá: o eqüivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as suas obrigações Divinas (os 613 preceitos daTorá) e protegê-lo de cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente daTorá ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem portanto ser usados em peças de roupa regulares (quadradas, de quatro pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na hora da prece o homem não peca."

E embora aTorá exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos, sugerindo assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está isenta de sua obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu comentário: "Eles devem fazer para si tsitsit …pelas suas gerações…" para ensinar que, mesmo no decorrer das gerações, quando os israelitas não costumarem mais a usar trajes de quatro pontas, deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito errôneo daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar um traje de quatro pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit. 

O fio azul, extinto 

As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da Presença Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul (Techelet) cuja coloração era obtida através da extração do pigmento do Chilazon, um peixe, e especialmente processado; atualmente extinto. Por que o azul foi escolhido entre todas as cores? 

Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor do céu e o céu se assemelha à ‘cor ’ do Trono de Glória de D’us!"

A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da Shechiná (Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste, oeste, sul e norte — que nos voltemos (aludidas pela especificação da peça de quatro cantos), os tsitsit nos tornam conscientes da presença de D’us. Hoje não temos mais um fio azul porque oChilazon (um anfíbio conchífero) do qual o pigmento azul era extraído está atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu significado continua válido quando lemos o preceito deTechelet . Já que em hebraico a palavraTechelet é parecida comTachlit que quer dizer "meta final", o significado doTechelet vem lembrar ao homem que o último e definitivo objetivo de tudo é a Shechiná. 

A passagem da Torá

A passagem da Torá que determina o preceito do tsitsit põe em contraste a lembrança e a observância dos "mandamentos de D’us" com o seguir "atrás do vosso (próprio) coração e dos vossos (próprios) olhos, atrás dos quais vos desviais".

Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente. Pois aTorá não especifica um "andar atrás" de inclinações pecaminosas, mas pronuncia uma advertência geral e abrangente, de "não seguir atrás do vosso coração e dos vossos olhos" — independente de quais sejam as intenções. Ao ponderarmos este constraste, seu sentido latente se torna óbvio:

O coração é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais do homem. Os olhos, na terminologia daTorá, configuram sabedoria e intelecto. A Torá no contexto da mitsvá do tsitsit , assim nos adverte para "não ireis atrás do vosso coração (as emoções e sentimentos) e vossos olhos (o intelecto), atrás dos quais vos desviais".

Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa quão nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas sim os mandamentos de D’us. Mesmo quando nosso coração e nossa mente aquiescem em assuntos daTorá por causa do apelo intelectual ou atração sentimental, nós temos de observar os preceitos e as instruções daTorá como mandamentos de D’us. 

É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos mandamentos como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter de verdade e de relevância absolutas. 

Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e independentes são caminhos essencialmente perigosos e geralmente enganadores "atrás dos quais vos desviais."

Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo com o talit sensibiliza o coração do homem e o desperta para um sentimento de temor a D’us.

A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados naTorá deGuedilim, é que, segundo o costume judaico, mesmo um menino pequeno deve vestir o talit catan a fim de educá-lo quanto ao cumprimento das mitsvot, para que, ao crescer, sinta cada vez mais o gosto e a "doçura" delas. 
Por isso são denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que significa"crescimento"), pois as mitsvot vão crescendo com ele.

O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot , respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico, é 39. 

O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das palavras hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que significa "água"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do tsitsit terá o mérito de contemplar a Face da Shechiná (Presença Divina), conforme está escrito: "Eu com justiça verei Tua Face"; e merece também que se concretize (sobre ele) a profecia: "E vos transportarei sobre asas de águias."

A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o mesmo valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" — quando se aplica a mitsvá do tsitsit). 

O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os tefilin, é que a mitsvá de tsitsit é mais freqüente (pois vestimos mesmo no Shabat e nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade. 
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas, eqüivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos. Isto transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-se a serviço de D’us.

Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética de mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais profundos do Tanach e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá e Chassidut. O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes, anjos com asas, etc. A intenção de D’us na criação do homem é que ele assimile as características dos seres superiores. O corpo do homem é um só, mas se ramifica em quatro órgãos fundamentais: o cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem ser suportes da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá -Carruagem, segundo os ensinamentos de Chassidut, define de forma alegórica a submissão e anulação dos interesses e tendências pessoais perante D’us: assim como a carruagem não possui vontade própria e é submissa àquele que a dirige.) 

Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas (eqüivalentes aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão da Torá chamar as pontas de Cnafot (da mesma raíz queCnafayim em hebraico, cujo significado é "asas", fazendo da lusão à elevação do homem através desta mitsvá. E por este motivo também é que de cada uma das quatro pontas saem oito fios, iguais ao número de faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando 32, eqüivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).

Leis referentes ao talit

Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o corpo e que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.

• Os fios (do tsitsit) devem ser preparados (desde a fiação), trançados e colocados apropriadamente na veste, especialmente com o intuito da mitsvá do tsitsit.
• Os tsitsit e a veste devem ser do mesmo material. É preferivel, porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos que os fios sejam de lã.
• Comprimento dos fios de tsitsit deve ser de no mínimo 24cm e de preferência acompanhando a seguinte proporção: 1/3 de comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os 2/3 restantes para o fios soltos (após o último nó).
• Se um dos fios soltos do tsitsit se romper, o talit ainda permanece casher. No caso de mais de um fio ter se cortado, um Rabino ortodoxo deverá ser consultado.
• Os fios do tsitsit devem ser trançados e caso um deles se desfie, esta parte é considerada ausente.
• A obrigatoriedade do tsitsit se aplica (apenas) nas horas diúrnas. Portanto a respectiva berachá, bênção, não deve ser pronunciada antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
• Apesar da obrigação recair apenas nos horários diurnos, é costume vestir o talit catan também ao dormir durante a noite, para que dessa forma mesmo ao permanecer desacordado após o início do dia, já estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo com os ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite. Porém ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios dos tsitsit, recitando então a berachá.
• Segundo o costume Chabad somente homens casados vestem o talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este talit com a intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
• Ao tomar um talit emprestado para rezar, costuma-se recitar a berachá sobre o talit, a não ser que esteja sendo utilizado somente ao ser chamado naTorá; neste caso não se recita a berachá.
• Se após vestir o talit gadol, este caiu completamente do corpo, deve-se repetir todo o processo da Atifá, inclusive recitar a berachá novamente. Se isto acontecer quando a pessoa se encontra no meio da prece, quando não é permitida a interrupção por conversa, coloca-se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece Silenciosa, para recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a própria colocação do Talit também é efetuada depois.
• Mas se o talit permanecer no corpo, mesmo que parcialmente, não precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas mãos é considerado como se tivesse caído totalmente.
• Se alguém tirou seu talit gadol com a intenção de recolocá-lo em seguida, já que teve este pensamento, não é necessário repetir a berachá.
• A veste do talit, mesmo quando invalidado, não deve ser utilizada de forma desprezível, uma vez que já foi usada para uma mitsvá.
• Caso um dos fios de tsitsit tenha caído ou sido cortado não se deve jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira desprezível. É costume utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já que se trata de um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que continue a desempenhar uma função semelhante.
• É recomendável evitar, ao vestir o talit , que os tsitsiyot se arrastem pelo chão.
• A parte da veste do talit catan ou gadol que foi colocada (vestida) na frente ou em cima, deve permanecer sempre na mesma posição, em todas as vezes que for vestida. Para tanto é costume fazer um sinal que sirva de lembrete na extremidade superior interna do talit gadol e na parte dianteira do talit catan.
• A largura do talit catan deve ser de no mínimo uma Amá , ou seja 48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo duas Amót , excluindo o orifício central, por onde o talit é vestido, de forma que resta uma Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar um talit catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o problema adicional de estar carregando no Shabat.
• Deve-se tomar cuidado para não usar um talit gadol estreito ou curto demais. O seu tamanho mínimo é o necessário para poder envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo tempo.
• Para meninos de 6 a 13 anos de idade, que já devem usar o talit catan a fim de se acostumar com a mitsvá de tsitsit pode-se basear nas opiniões que permitem medidas menores das mencionadas acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta mitsvá desde os três anos de idade.
• Deve-se procurar um talit bonito, assim como todas as mitsvot devem ser realizadas da melhor maneira e minuciosamente (Hildur Mitsvá).
• Assim também ao comprar os tsitsit, deve-se verificar o seu estado e adquirí-los de pessoa de confiança, para ter certeza que todo o material empregado foi preparado especificamente para a mitsvá de tsitsit e que possua as medidas certas.

A maneira correta de vestir o talit catan e o talit gadol

Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou impuras, estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita mais tarde, após netilat yadayim (depois de abluir as mãos), movendo os tsisiyot, etc. 

Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam sempre soltos (e não entrelaçados).

Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina ao ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e cumpri-las além (é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá do tsitsit. 

Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-los atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos ao uso) a fim de evitar pronunciar a bênção em vão.

Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase por causa da verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a congregação.

A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no corpo — devem ser feitas em pé.

Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar " na prece, seguram-se na mão direita os dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e do talit gadol para os casados) e no fim deste trecho ("Melech Mehulat Batishbachot") se beija os fios do tsitsit.

Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã) ao chegar na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da frente e em seguida os de trás, primeiro do lado esquerdo e depois do direito. 

Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o minguinho e perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do Shemá ("Vayômer") , seguram-se as pontas dos tsitsiyot também com a mão direita. Ao mencionar as seguintes seis palavras — 1)tsitsit, 2) tsitsit, 3)Letsitsit, 4) Emêt, 5) Cayemet, 6) Laad —passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.

Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan

Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se vestir o talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os tsitsiot antes de pronunciá-la. 

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a mitsvá de tsitsit ."

Talit Gadol

Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no ombro direito. Procede-se a verificação dos tsitsiot enquanto recitam-se os seguintes versículos:

BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAYERIA.
(Salmos CIV:1-2)


"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu D’us. Tu és magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade e esplendor. Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como uma cortina."

Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit, recita-se a seguinte berachá:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF BETSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em tsitsit."

Após a berachá cobre-se a cabeça até (inclusive) os olhos com o talit permanecendo assim (por um curto espaço de tempo) envolvido à moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito e jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit recitam-se os seguintes versos:

MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL. KENAFECHÁ YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA, VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ MECOR CHAYIM, BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ, VETSIDCATÊCHA LEYISHREI LEV.
(Salmos XXXVI:8-11)


"Como é preciosa Tua bondade, ó D’us; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de coração reto." 

Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo a cabeça.




O JUDAÍSMO DENTRO DA IGREJA DE CRISTO!

Se você considera ser correto ou estar certo usar os acessórios e roupas judaicas - objetos de uma velha aliança, quando o Senhor estabeleceu antes da vinda do Messias, uma ordem ao povo Judeu, está se esquecendo de Cristo Jesus, e também, assim como aos judeus, não aceitando a Cristo Jesus como o Messias que já veio.

O Judeu de hoje, ainda não aceitou a Cristo como o Messias que viria. O judeu Messiânico, por fazer parte de costumes judaicos e de um povo onde é a sua habitação, ainda vive também com um pé na nova aliança e outro pé na velha aliança - e ainda não entendeu que Jesus cumpriu a lei (que a viveu por inteiro) e por ser essa lei, uma lei espiritual, dada por Deus, assim como Jesus veio para o povo Judeu que não o recebeu, Ele trouxe uma nova lei e também uma nova aliança. Assim, a velha aliança teve fim, mas, muitos insistem em viver na velha aliança, e com isso, mantém o Messias ainda por chegar, o que é simbolizado pelos acessórios do judaísmo do passado e atual, que ainda vivem na velha lei - e não aceitaram a nova lei, e negaram a nova aliança, que é Jesus Cristo. Então, não estou entendendo porque pessoas que são ou que se dizem cristãs, vivem com um pé na velha aliança e outro pé na nova aliança. Isso ocorre hoje em todo o mundo. Até tem Apóstolos querendo se tornar rabinos - vivendo assim na velha lei, pois, os rabinos não tem hoje qualquer autoridade dentro da Igreja de Cristo, e também, nem mesmo diante de Deus, já que vivemos na Nova Aliança, ou estamos negando a Cristo se assim não for.

Se pesquisar tudo sobre os acessórios, roupas, sinagogas, templos judaicos, verá que nada disso tem valor para o que está em Cristo Jesus hoje. O fato da origem de Cristo ser judaica, não implica em nada, pois, Ele mesmo disse; "VIM PARA OS QUE ERAM MEUS, MAS OS MEUS, NÃO ME RECEBERAM" - e enviou Jesus os seus discípulos para o mundo, entre os gentios para pregarem o evangelho da Nova Aliança - e não da Velha Aliança, pois, " NOVAS CRIATURAS NOS TORNAMOS".

O Judaísmo não tem que estar em nós e nem nós dentro do Judaísmo, pois, NÃO É PORQUE JESUS FOI JUDEU QUE TEMOS QUE VIVER DENTRO DO JUDAÍSMO. O fato de Cristo ter cumprido a Velha Lei, significa que era necessário para que se cumprissem todas as coisas, pois, Ele nasceu judeu e viveu como judeu, e era preciso passar por tudo aquilo, ou não teria valor seus feitos hoje.

Estar em Israel ou viver em Israel hoje, não deve ter qualquer significado para um cristão que vive o evangelho genuíno de Cristo Jesus, se não apenas turístico ou de moradia. Viver em Israel ou visitar Israel hoje, não tem significado religioso ou de raízes se não tão somente para quem é judeu, ou que tem o sangue judeu correndo em suas veias, e ainda assim, que tenha aliança com a velha lei e não com a nova lei estabelecida por Cristo.

FAZER TURISMO EM ISRAEL:

ESSE FEITO, É TÃO SOMENTE TURÍSTICO, POIS, NEM MESMO O POVO JUDEU E SEUS HISTORIADORES SABEM POR ONDE JESUS PASSOU, ONDE JESUS FOI REALMENTE SEPULTADO E MUITO MENOS ONDE O REI DAVI FOI SEPULTADO. NADA DESSAS COISAS SÃO SÃO REAIS. ESSES LUGARES NÃO FORAM DESCOBERTOS, POIS, NA HISTÓRIA E ESCRITOS SOBRE JESUS CRISTO, NÃO EXISTEM PROVAS TERRENAS DA SUA EXISTÊNCIA SENÃO TÃO SOMENTE OS ESCRITOS NAS ESCRITURAS, NO NOVO TESTAMENTE - E ISSO, PARA QUE POSSAMOS VIVER LITERALMENTE PELA FÉ.

PORTANTO, SE VOCÊ ACREDITA NAS HISTÓRIAS FANTASIOSAS DO TURISMO QUE FORAM IMPLANTADAS PELA IGREJA CATÓLICA EM ISRAEL EM COMUM ACORDO COM O GOVERNO DESSA NAÇÃO NO DECORRER DOS SÉCULOS, E EXCLUSIVAMENTE PARA DETERMINAR UMA IDEIA E LEVAR TURISMO PARA AQUELE LUGAR, CONTINUE ACREDITANDO NISSO E GASTANDO SEU DINHEIRO E VISITANDO ISRAEL, OU PEGA DO SEU DINHEIRO E VÁ FAZER MISSÕES E LEVAR O EVANGELHO DE JESUS PARA QUEM DE FATO ESTÁ ESPERANDO, OU VÁ PARA DENTRO DE ISRAEL E COMECE DESDE JÁ A PREGAR NAS PRAÇAS E NOS MONTES E MESMO NAS SINAGOGAS COMO FAZIAM JESUS E SEUS DISCÍPULOS.

Apóstolo Luccas Covo 

OS TEXTOS ABAIXO, SÃO PARA SEU CONHECIMENTO DE QUE NADA TENHO FALADO DE ERRADO AQUI:

Talit
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

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O talit – טַלִּית (no hebraico moderno), talet - טַלֵּית (em sefaradi) ou talis (em Iídiche) é um acessório religioso judaico em forma de um xale feito de seda, lã (mais caro e elegante que o de seda) ou linho, tendo em suas extremidades as tsitsiot ou sissiot "sefaradi" (franjas). Ele é usado como uma cobertura na hora das preces judaicas, principalmente no momento da oração de Shacharit (primeiras orações feitas pela manhã).
O talit (também conhecido como "talit gadol" - טלית גדול) é usado pelos homens no momento da oração na sinagoga e no momento da oração do Shacharit. O talit isola o que esta orando do mundo a sua volta e facilita-o na em sua concentração durante a oração. Sobre o talit se interpreta que um dos objetivos deste acessório é criar um ambiente de igualdade entre os que estão orando na sinagoga, tendo então concordância com uma cobertura homogênea que estaria sobre as roupas que as pessoas realmente estavam usando – que mostram a qualidade e o estado econômico do que ora.
Entre os asquenazitas, o costume de se cobrir com o talit se reserva aos homens apenas após o casamento. De acordo com este costume, quando se está solteiro, é permitido cobrir-se com talit só em ocasiões especiais, como no momento que eles são chamados para serem “Olim” - עולים (plural de “Olê” - עולה, denominação aos que são chamados para ler aTorá nas sinagogas). Os judeus orientais (também chamados de “mizrahiim”) têm o costume de se cobrir com o talit a partir da idade de treze anos, quando o menino faz o Bar Mitzvah ou até mesmo antes dessa cerimônia. Comunidades Conservadoras e Reformistas permitem também é às mulheres fazerem uso do talit apesar da lei Judaica tradicional isentarem as mulheres dessa obrigação.


Detalhe - tzitzit ou sissit "sefaradi" (franjas) num dos cantos de um talit.
Há também um outro tipo de talit denominado “talit katan” – טלית קטן – (talit pequeno) conhecido também só pelo nome de “tzitzit”, que é utilizado durante o dia inteiro por baixo da roupa no qual se está vestido, a fim de cumprir este mandamento durando todo o dia.
A bandeira do Estado de Israel é baseada em um talit (as duas faixas que a compõem), tendo umaestrela de David ao centro dela.

Disse Rabi Shimon bar Yochai:
"Quando o homem levanta de manhã e coloca 
os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina) 
paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo, 
Israel, através do qual Serei Glorificado.’"
O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o identificam como o servo de D’us. Uma delas são os tsitsit. 

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos. 

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do significado dos trajes humanos. 

De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma fonte de tentação. 

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis cobrir o seu corpo. 
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico. 

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá: 

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira passagem citada encontramos tanto as metas imediatas com